O MUNDO GLOBALIZADO | TEXTOS | GEOGRAFIA

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TEXTO ANTERIOR: REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS

As grandes navegações deram o pontapé inicial para o processo de mundialização do capitalismo. As duas primeiras revoluções industriais intensificaram esse processo. Após a Segunda Guerra Mundial o comércio internacional ficou ainda mais dinâmico e cresceu o fluxo de capitais. Chegamos então ao mundo globalizado.

Globalização é o termo usado para designar um conjunto de ações que interligam e tornam os países interdependentes entre si. Nesse contexto, economia, cultura, sociedade e política estão intimamente relacionados e difundidos pelo mundo inteiro. Temos, então, um mercado global intensificando as trocas comerciais onde empresas, designadas como multinacionais ou transnacionais, dominam os mercados, a ciência e a tecnologia.

O mundo globalizado se tornou possível graças a Terceira revolução industrial, também chamada de revolução técnico científica. Novas tecnologias se desenvolveram como as do ramo da informática,  microeletrônica, robótica, farmacêutica, microbiologia e aeroespacial. O surgimento da internet mudou as relações entre as pessoas e as empresas.

Essa nova tecnologia possibilitou a comunicação instantânea, a difusão global de músicas, vídeos, dados e informações, as transações financeiras em tempo real e o comércio online. Todas essas informações nos colocaram na fase mais atual do modo de produção capitalista: o capitalismo informacional.

A globalização transformou profundamente os espaços. O acelerado fluxo de pessoas, capitais e informações alterou o modo de vida das sociedades e interligou locais através dos meios de transporte e de comunicação. As empresas multinacionais se expandiram instalando suas unidades fabris em países em desenvolvimento a fim de reduzir os custos com mão de obra pagando baixos salários e negando à população da periferia do capitalismo os direitos trabalhistas fundamentais. Tudo isso somado às isenções fiscais barateou o preço dos produtos e acirrou a competição global.

As atividades produtivas se fragmentaram e se internacionalizaram. Qualquer produto hoje em dia possui peças ou insumos que vieram de diversos países. Podemos citar como exemplo uma aeronave, cujas peças que a compõem podem ter vindo de diversos lugares diferentes.

A globalização, porém, perpetua as desigualdades econômicas e sociais entre países. Apesar de enviar suas indústrias aos países em desenvolvimento, as empresas multinacionais remetem seus lucros aos seus países sede, que normalmente são as grandes potências econômicas, aquelas que se apropriaram dos continentes africano, asiático e americano. A riqueza continua distribuída de forma desigual e as diferenças só se aprofundaram.

O neoliberalismo econômico é a doutrina que sustenta o discurso do mundo globalizado. Sua base é a livre concorrência e o livre comércio, onde o mercado deveria se autorregular por meio da concorrência sem a interferência do Estado, cabendo a este apenas a tarefa de legislar, regulamentar e esmagar os rebeldes que ousam contestar as desigualdades desse sistema. 

As economias nacionais deveriam ser abertas para livre circulação dos capitais e qualquer barreira alfandegária para proteção da indústria local deveria ser derrubada.  Na prática, isso é apenas um discurso para forçar a abertura de países em desenvolvimento enquanto os países desenvolvidos mantêm suas fronteiras fechadas. Os organismos reguladores como o banco mundial e o FMI foram os instrumentos para esse processo ao exigir uma série de condições para emprestar e investir nos países mais pobres.

Como resultado, tivemos no lado pobre da globalização a privatização de empresas estatais de setores estratégicos e o endividamento crônico, impedindo esses países de investir em bem estar social como educação, moradia e saúde de qualidade. Aos países desenvolvidos, ficou a ampliação dos mercados e o aumento do volume de exportações.

A crise de 2008 iniciada nos Estados Unidos foi considerada para muitos estudiosos o fim do neoliberalismo. A falta de regulamentação do mercado financeiro e a concessão de créditos de forma descontrolada resultou na quebra dos bancos e do mercado imobiliário, gerando desemprego e recessão econômica. Assim como na Crise de 1929, o mercado se mostrou incapaz de se autorregular e precisou da intervenção estatal, abominada pela doutrina neoliberal, para salvar os bancos e empresas de uma quebradeira generalizada, expondo as fraquezas desse sistema.

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