PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - PARTE 04 | FICHAMENTO

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FREIRE, PAULO. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 49. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.


ENSINAR EXIGE ESTÉTICA E ÉTICA

“Cada vez me convenço mais de que, desperta com relação à possibilidade de enveredar-se no descaminho do puritanismo, a prática educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e de pureza.” (p. 34)

No entender de Paulo Freire, a formação ética está ligada à estética e é fundamental para promover o conhecimento da ingenuidade para a criticidade, já que e ética vem da nossa capacidade de criticar e é resultado da nossa formação histórico-social. Logo, o ensino dos conteúdos deve estar aliado à formação moral, demandando profundidade em contraposição à superficialidade, deixando claro que,

"É por isso que transformar a experiência educativa em  puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador." (p. 34)

ENSINAR EXIGE A CORPORIFICAÇÃO DAS PALAVRAS PELO EXEMPLO

Nas palavras de Paulo Freire, pensar certo é fazer o certo. Para o educador, as nossas palavras devem refletir nossas ações e o discurso da autonomia deve estar na prática educativa, deixando de lado o fatalismo neoliberal e evitando o puro treinamento para o mundo do trabalho tal como ele é. Freire diz que a segurança na argumentação não pode ser nutrida pela raiva na discordância e o verdadeiro educador deve adquirir o gosto pela generosidade.

ENSINAR EXIGE RISCO, ACEITAÇÃO DO NOVO E REJEIÇÃO A QUALQUER FORMA DE DISCRIMINAÇÃO

O novo, segundo Paulo Freire, não pode ser negado ou abraçado apenas por ser novo e o mesmo vale para o velho que, ao permanecer novo, encarna uma tradição. É no mesmo sentido que qualquer discriminação deve ser rejeitada pelo educador que pensa certo, pois ela nega o conceito de democracia.

É tarefa do professor, do educando e da sociedade como um todo questionar qualquer tipo de impunidade nesse sentido. Freire afirma que pensar certo é concomitante ao fazer o certo, capacidade que, segundo ele, não é isolada, mas sim comunitária e não pode ser transferida e sim co-participada. Para finalizar, o educador diz que,

"A prática preconceituosa de raça, classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia." (p. 37)

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